Em uma floresta remanescente do "mato grosso goiano" (Goiânia, GO, Brasil), moscas marcadas e mutantes "white" de Drosophila melanogaster foram soltos na intersecção de dois eixos ortogonais. Foram colocadas armadilhas a intervalos de 20 m nesses eixos. Coletas periódicas, a cada meia hora, das 08:30 às 17:00 hs foram realizadas, para estudar a dispersão das moscas no meio natural e para inferir a significância do componente genético nessa dispersão. Os dados obtidos sugerem as seguintes conclusões: foi detectada dispersão ativa; essa dispersão ativa depende do genótipo (foi maior no tipo selvagem que no mutante "white"); os padrões de dispersão mudaram de acordo com o tempo; uma mobilidade presumível de 120 m/h foi detectada; uma estimativa aproximada da densidade populacional sugere valores de cerca de 25.000 moscas/3.600m² para o grupo melanogaster e de cerca de 50.000 moscas/3.600m² para as Drosophila em geral; a freqüência da captura mudou durante o período.