Estoque de carbono do estrato herbáceo em coberturas vegetais em fragmentos de Caatinga

RESUMO

As mudanças climáticas e as extensas áreas com florestas tropicais secas (FTS) empregadas na produção de pastagem determinam a necessidade da investigação de manejos alternativos que possibilitem o aumento do estoque de carbono. Nesse sentido, objetivou-se com essa pesquisa estimar o estoque de carbono do estrato herbáceo em dois fragmentos de floresta tropical sazonalmente seca: i) fragmento de floresta tropical seca, com 40 anos de regeneração e o ii) floresta submetida ao raleamento das árvores com diâmetros < 10 cm. A pesquisa foi conduzida em duas microbacias inseridas em fragmento de FTS, no município de Iguatu Ceará durante nove anos (2010-2018). As coletas de material herbáceo foram realizadas mensalmente e initerruptamente com 10 repetições em cada microbacias, totalizando 2160 amostras (2 microbacias x 10 repetições x 12 meses x 9 anos). O material foi secado em estufa a 60 °C e em seguida determinou-se o teor de biomassa, posteriormente converteu-se em teor de carbono. O estoque de carbono variou de acordo com a ocorrência de chuvas na região. A área submetida ao raleamento registrou maior estoque de carbono em 80% dos meses durante o período estudado, quando comparado com à área em regeneração. Observou-se que o manejo com raleamento proporcionou as maiores quantidades de estoque de carbono tanto na estação chuvosa, quanto na seca diferindo estatisticamente da área em regeneração (α=0,05), sendo uma alternativa para aumentar o estoque de carbono oriundo do estrato vegetativo herbáceo.

Palavras-chave:
Floresta; Biomassa; Raleamento; Semiárido