Deposição de calda aplicada com aeronave remotamente pilotada na cultura do milho

RESUMO

O uso de aeronaves remotamente pilotadas (RPA) tem crescido muito na pulverização agrícola em todo o mundo, no entanto, em virtude de ser algo recente faltam dados de pesquisa que auxiliem os usuários na tomada de decisões assertivas. Este trabalho objetivou avaliar a deposição de calda na cultura do milho (estádio fenológico V5-V6), promovida pela aplicação utilizando uma RPA DJI-AGRAS-MG-1, em duas alturas de voo, em comparação à aplicação com pulverizador costal. O experimento constou de 3 tratamentos e 8 repetições, sendo aplicação com RPA, voando a 1,5 e 3,0 m de altura, e com pulverizador costal. A taxa de aplicação foi de 10 L ha^-1 para a RPA e 115 L ha^-1 para o costal. Empregaram-se pontas de jato plano em todos os tratamentos. Foram avaliadas deposição de traçador no dossel do milho e perda de calda para o solo, por meio da detecção por espectrofotometria, e cobertura, densidade e espectro de gotas em papel hidrossensível. Também foi avaliada faixa de deposição total e efetiva da RPA. Embora a densidade de gotas proporcionada pela RPA tenha variado entre 26 e 39 gotas cm^-2, a cobertura foi inferior a 1,3%. A aplicação a 1,5 m de altura proporcionou deposição de traçador na folhagem semelhante à realizada com o costal. O aumento da altura de voo para 3,0 m reduziu a deposição. A aplicação terrestre promoveu maior perda para o solo. A faixa de deposição efetiva foi de 5,7 e 7,6 m para alturas de voo de 1,5 e 3,0 m.

Palavras-chave
Drone pulverizador; Tecnologia de aplicação; Zea mays