RESUMO
A produção comercial em grande escala de pitaia é recente e há pouca informação sobre polinização e frutificação nesta cultura. Portanto, o presente estudo teve por objetivo investigar se a abelha africanizada (Apis mellifera), visitante frequente das flores de pitaia (Hylocereus undatus e H. polyrhizus), desempenha algum papel relevante na polinização dessas espécies de cactáceas, tanto no que se refere à quantidade dos frutos, como em suas qualidades. O estudo constou de quatro tratamentos; polinização natural; polinização restrita; polinização noturna e polinização por A. mellifera, e todos os frutos foram colhidos e analisados 30 dias após o vingamento inicial. Cada tratamento foi avaliado no número de frutos produzidos, peso total do fruto; peso da casca; peso da polpa; tamanho longitudinal e transversal; número de sementes; pH; acidez; sólidos solúveis totais (SST); e relação SST/acidez total. Os resultados mostraram que essas espécies de pitaia diferem na sua dependência de polinização biótica para a produção, peso e qualidade dos frutos. Hylocereus undatus não dependeu de abelhas para vingar frutos, mas precisou da mariposa Agrius cingulata para melhorar a qualidade da produção com frutos maiores e mais pesados. Já H. polyrhizus dependeu da polinização biótica para maximizar a produção de frutos e de A. mellifera, especificamente, para aumentar o tamanho e peso dos frutos. Além disso, o tipo de polinização influenciou pouco as características físico-químicas dos frutos, sendo relevante apenas na redução do pH em flores polinizadas por A. mellifera.
Palavras-chave:
Apis mellifera; Hylocereus polyrhizus; Hylocereus undatus; Polinizador; Região semiárida