RESUMO
A região Nordeste brasileira apresenta condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento da floricultura; contudo, a escassez hídrica e a salinização de parte de suas fontes hídricas atuam como entrave a essa atividade. Nesse contexto, objetivou-se testar os efeitos de níveis crescentes de salinidade da água de irrigação sobre as respostas quantitativas e qualitativas das espécies ornamentais Euphorbia milii e Zamioculcas zamiifolia, sob diferentes condições de luminosidade. A pesquisa foi realizada utilizando-se delineamento experimental em blocos casualizados, em esquema de parcelas subsubdivididas, com cinco repetições. As plantas foram cultivadas em vasos de 7 L, passando por um período inicial de aclimatação durante 15 dias com água não salina para que o seu estabelecimento não fosse comprometido; após esse período, as plantas foram submetidas a níveis crescentes de salinidade na água de irrigação (0,5; 2,0; 3,5; e 5,0 dS m-1) sob quatro intensidades luminosas (pleno sol, 30%, 50% e 70% de sombreamento), durante 60 dias. As variáveis analisadas foram altura da planta, diâmetro do caule, biomassa da parte subterrânea e das partes aéreas, tolerância à salinidade e análise qualitativa. O sombreamento teve maior impacto nas variáveis qualitativas das plantas do que na tolerância à salinidade baseada em variáveis quantitativas. O ambiente com 30% de sombreamento é o mais propício para o cultivo da E. milii quando se utiliza água de baixa a moderada salinidade. O sombreamento reduz os danos diretos da radiação nas folhas de Z. zamiifolia e melhora a qualidade visual dessa espécie sob elevada salinidade.
Palavras-chave:
Intensidade de luz; Estresse salino; Sombreamento; Plantas ornamentais