RESUMO
Este estudo teve como objetivo avaliar as condições higiênicas sanitárias da carne bovina in natura comercializada na feira livre do município de Jiquiriça, Brasil e validar o uso de quitosana como revestimento no controle da carga microbiana. No total, foram avaliados 30 amostras de carne in natura quanto à presença de estafilococos coagulase positiva e Salmonella spp. Além disso, os boxes que comercializavam carne fresca foram avaliados quanto ao cumprimento dos regulamentos sanitários estabelecidos pelo Ministério da Saúde. A atividade antimicrobiana da quitosana foi testada usando dois conjuntos de amostras de carnes, o grupo teste que consistiu da carne contaminada intencionalmente e revestida com solução de quitosana a 2% e o grupo controle que consistiu da carne contaminada não tratada. Verificou-se que a carne in natura comercializada no mercado está exposta a vários contaminantes, incluindo vários patógenos. Todas as amostras testadas continham estafilococos coagulase positivo (3,8-6,1 log UFC g-1) e Salmonella spp. em 30% das amostras. Na avaliação das condições sanitárias das carnes, a não conformidade foi maior na categoria comercialização e exposição (79%), seguida da higiene dos manipuladores (73%) e das categorias instalações, equipamentos e utensílios (54%). A carne tratada com solução de quitosana a 2% apresentou carga microbiana significativamente menor (p<0,01) de Salmonella enterica e Staphylococcus aureus do que as amostras controle. Esses achados sugerem que a aplicação de um revestimento de quitosana a 2% na carne in natura é um método viável para controlar a carga microbiana patogênica.
Palavras-chave:
Salmonella; Staphylococcus; Temperatura interna da carne; Atividade antimicrobiana