RESUMO
- O armazenamento de diásporos possibilita disponibilizar mudas para atender os programas de reflorestamento ou de recuperação de áreas degradadas, principalmente para espécies perenes que não produzem diásporos regularmente ou quando a germinação dos mesmos é difícil e demorada. Objetivou-se verificar o potencial fisiológico de diásporos de Schinopsis brasiliensis armazenados em dois ambientes por 12 meses, com posterior escarificação manual do endocarpo. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2 × 7 × 2, com dois ambientes (natural e geladeira) e sete períodos (0; 2; 4; 6; 8; 10 e 12 meses) de armazenamento, e duas condições físicas do endocarpo (intacto e escarificado). Foram avaliados o teor de água, emergência, índice de velocidade e tempo médio de emergência, comprimento, massa seca da parte aérea e do sistema radicular e diamêtro do coleto das plântulas. O armazenamento por 12 meses não supera a dormência tegumentar dos diásporos de S. brasilensis. A escarificação manual após o armazenamento em ambiente natural favorece a emergência e a velocidade de estabelecimento das plântulas. Independente da condição de armazenamento, os diásporos apresentam maior capacidade germinativa aos cinco meses. O declínio no desenvolvimento das plântulas, independente da condição de armazenamento dos diásporos, ocorre antes da perda da capacidade germinativa.
Palavras-chave:
Conservação ex situ; Deterioração; Dormência