RESUMO
Objetivou-se caracterizar a variabilidade genética para a tolerância a baixas temperaturas na fase de emergência de genótipos de arroz irrigado em condições de ambiente controlado e a campo. Foram avaliados 37 genótipos, com testemunhas intercaladas com diferentes níveis de tolerância à baixas temperaturas. O delineamento utilizado foi de blocos casualizados com 3 repetições. Os genótipos foram submetidos a germinação e emergência nos ensaios com temperatura controlada a 13 ºC (Ensaio I) e 17 ºC (Ensaio II) e em ambientes a campo, sem cobertura (Ensaio III) e com cobertura de polietileno (Ensaio IV), sendo monitorado a temperatura do solo. As avaliações foram realizadas diariamente por meio de contagem das plântulas emergidas e posterior inferência do índice de velocidade de emergência (IVE). Os resultados revelaram (experimento I a IV) que o IVE foi de 0,61 a 4,23, aumentando 0,4259 a cada 1 ºC de aumento de temperatura do solo. Os genótipos Ostiglia, Diamante, Baldo, Carnaroli, Selenio, Loto e Amarelo, da subespécie japonica e Ringo Miara-AC e Arelate, da subespécie indica, são fontes promissoras de tolerância genética à baixas temperaturas. Temperaturas abaixo de 17 ºC diminuem o número de plântulas emergidas e retardam o desenvolvimento de todos genótipos de arroz testados, afetando, em maior ou menor magnitude, negativamente no estande inicial de plantas por unidade de área.
Palavras-chave:
Oryza sativa L.; Estresse abiótico; Frio; Variabilidade genética