Objetivou-se com este trabalho, avaliar a germinação e o desenvolvimento de plantas oriundas de duas cultivares de pessegueiro 'Capdeboscq' e 'Okinawa' sob diferentes períodos de armazenamento, em viveiro comercial da empresa Frutplan Mudas Ltda, em Pelotas - RS, no período de maio a dezembro de 2009. Os caroços das duas cultivares foram armazenados em embalagens de papel por um período de 120 dias, sendo realizados os seguintes procedimentos: 10 dias de temperatura ambiente + 110 dias de frio; 40 dias de temperatura ambiente + 80 dias de frio; 70 dias de temperatura ambiente + 50 dias de frio; 100 dias de temperatura ambiente + 20 dias de frio e 120 dias de temperatura ambiente. Utilizando câmara fria programada para 6 ± 2 °C. O experimento foi conduzido em blocos casualizados, com quatro repetições e 25 sementes por parcela, no arranjo fatorial 2x5 (duas cultivares e cinco períodos de estratificação). As variáveis analisadas foram: porcentagem de plântulas emergidas, altura das plantas, diâmetro do tronco medido a 10 cm do colo, índice de velocidade de emergência em campo (IVEC) e dias para obtenção de 70% de emergência. A emergência da cv. Okinawa foi próximo a zero, com isto não foi considerada para avaliação de plântulas. Para a cv. Capdeboscq verificou-se diferenças significativas apenas para a variável dias para obtenção de 70% de emergência de plântulas, 112 a 123 dias, exceto para o tratamento com maior horas de frio que não atingiu os 70% de emergência. Conclui-se que os períodos de estratificação e frio não se mostraram vantajosos para obtenção de porta-enxertos de pessegueiro destas cultivares nas condições em que foi conduzido o experimento.
Pessegueiro; Armazenamento; Germinação