RESUMO
O feijão-caupi é cultivado no semiárido brasileiro e em vários outros países, em geral com variedades tradicionais. Os cultivos são realizados em consorciação por agricultores com baixa renda, analfabetos e que carecem de assistência técnica. Essas condições limitam o uso de herbicidas e o controle das plantas daninhas é feito usualmente com capinas à enxada. A combinação de variedades mais competitivas com plantas daninhas, plantadas em maiores densidades de plantio e outras práticas culturais poderia reduzir o trabalho das capinas. Em um trabalho preliminar, 48 variedades tradicionais de caupi foram cultivadas com uma capina e avaliadas quanto ao rendimento de grãos secos. O objetivo do presente trabalho foi avaliar os rendimentos de grãos verdes e secos de seis variedades: três que se mostraram mais produtivas (Umarizal, Itaú e Upanema), e três que apresentaram baixos rendimentos (Mossoró, Santa Cruz e São Miguel), na avaliação preliminar. As variedades foram submetidas a dois manejos de controle de plantas daninhas (uma e duas capinas). Utilizou-se o delineamento de blocos ao acaso, com cinco repetições e parcelas subdivididas. O manejo das plantas daninhas foi aplicado nas parcelas e as variedades tradicionais nas subparcelas. Verificou-se ser indiferente, em termos de influência sobre os rendimentos avaliados, a realização de uma ou duas capinas. As variedades Umarizal, Itaú, Upanema e Mossoró foram as melhores para produção de grãos verdes e as duas primeiras foram superiores também para a produção de grãos secos.
Palavras-chave:
Vigna unguiculata
; Variedades tradicionais; Capinas; Rendimento de grãos; Rendimento de feijão-verde