Compostos fenólicos, atividade antioxidante e antibacteriana do extrato das folhas e casca de Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville

RESUMO

Atualmente é crescente o interesse pela investigação de compostos bioativos de fontes naturais. Nesse contexto, o presente estudo investigou o conteúdo fenólico, capacidade antioxidante e atividade antimicrobiana do extrato hidroalcoólico (EHA) das cascas do caule e folhas de Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville. Partes da planta foram extraídas com etanol: água (1:1) e filtradas a vácuo para obtenção do extrato bruto. O conteúdo fenólico foi determinado pelo método de Folin-Ciocalteu. A atividade antioxidante foi medida pelo teste DPPH. A atividade antimicrobiana dos extratos foi avaliada contra cocos Gram-positivos: Staphylococcus aureus (ATCC 25923) e Staphylococcus epidermidis (cepa isolada de paciente); bacilos Gram-negativos: Escherichia coli (ATCC 25922) e Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853). A zona de inibição e concentração inibitória mínima (CIM) dos extratos vegetais foram avaliadas pelo método de disco difusão em ágar e microdiluição em caldo, respectivamente. O conteúdo fenólico total dos EHAs foi maior nas cascas do caule (970,4 mg GAE/g) do que nas folhas (693,8 mg GAE/g). No ensaio DPPH, todos os extratos apresentaram alta atividade antioxidante, acima de 75% na concentração de 100 μg/mL. Sobre a atividade antimicrobiana, todos os EHAs apresentaram efeitos contra bactérias Gram-positivas S. aureus e S. epidermidis, cuja CIM variou de 7,81 μg/mL a 62,5 μg/mL. Essa descoberta é importante, uma vez que esses patógenos geralmente são resistentes a uma variedade de antibióticos amplamente conhecidos. Portanto, esses resultados são promissores e indicam o uso de S. adstringens (Mart.) Coville (Barbatimão) como antioxidante natural em alimentos, medicamentos e também apontam para seu uso na terapia antimicrobiana.

Palavras-chave:
Cerrado; Produtos naturais; Concentração inibitória mínima