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Fosfatagem como prática para redução do estresse oxidativo e ganho de produtividade na cana-de-açúcar

RESUMO

A fosfatagem aumenta os teores de fósforo (P) na camada superficial do solo, estimula o crescimento das raízes das plantas e aumenta o volume de solo explorado para absorção de água e nutrientes, o que pode reduzir o estresse oxidativo abiótico na cana-de-açúcar. O objetivo deste trabalho foi avaliar a produtividade e a resposta do sistema enzimático antioxidante da cana-de-açúcar quando cultivada em solo que recebeu a fosfatagem corretiva, utilizando doses e fontes de P com solubilidade variada. O experimento foi conduzido em condições de campo na Zona da Mata Sul do Estado de Pernambuco, Brasil. Os tratamentos foram dispostos no delineamento de blocos casualizado, em esquema fatorial (4 × 3) +1, com quatro repetições. Os fatores foram constituídos do controle (sem fosfatagem), pelas doses (50, 100, 200 e 300 kg ha-1 de P2O5) e fontes (fosfato natural reativo, superfosfato triplo e torta de filtro) de P aplicadas em área total, no pré-plantio do ciclo de cana planta. O teor de P nos tecidos da folha foi considerado adequado e não foi influenciado pela prática da fosfatagem. A fosfatagem com a dose estimada de 150 kg ha-1 de P2O5 reduziu a atividade das enzimas antioxidantes e aumentou em 25,0% a biomassa seca da parte aérea (MSPA) e em 8,5% a produtividade de colmos. A superóxido dismutase (SOD) apresentou o maior coeficiente de correlação positivo com as demais enzimas antioxidantes e negativo com a MSPA, podendo ser utilizada para avaliar estresse abiótico que promoveu a redução na produtividade na cana-de-açúcar.

Palavras-chave:
Saccharum spp.; Fósforo; Enzimas antioxidativas; Nutrição Mineral

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