RESUMO
Os sistemas de criação dos pequenos ruminantes são extensivos na grande maioria, em que os animais são criados em áreas de pastagem nativa denominada Caatinga, sendo necessário o conhecimento da composição química e suas características de degradação alimentar para aumentar a eficiência do uso de nutrientes. Com isso, objetivou-se avaliar a composição química, os minerais, o fracionamento dos carboidratos e dos compostos nitrogenados, a degradabilidade, a digestibilidade in vitro da matéria seca e a produção de gás in vitro de espécies arbóreas, que são consumidas por caprinos e ovinos. As espécies avaliadas foram Cnidoscolus phyllacanthus (Muell. Arg.) Pax. e K. Hoffman, Mimosa tenuiflora (Willd.) Poiret, Myracrodruon urundeuva Fr. All., Poincianella bracteosa (Tul.) L.P. Queiroz, Spondias tuberosa Arr. Cam. e Ziziphus joazeiro Mart. Verificou-se que Mimosa tenuiflora possui uma maior quantidade de proteína bruta (174,9 g.kg-1 MS). Spondias tuberosa e Myracrodruon urundeuva apresentaram os maiores valores de carboidratos totais em comparação com as demais espécies analisadas. Quanto ao fracionamento de compostos nitrogenados, a maior proporção da fração A foi encontrada para Cnidoscolus phyllacanthus (375,5 g.kg-1 PB). Entre as espécies estudadas, Cnidoscolus phyllacanthus é destacado com maior degradação ruminal (61,63 %) e digestibilidade da matéria seca (627,1 g.kg-1 MS), refletindo uma maior produção de gás (206,02 mL.g-1 MS). Cnidoscolus phyllacanthus, Poincianella bracteosa e Myracrodruon urundeuva apresentaram maior disponibilidade de nutrientes no rúmen, o que é fundamental para o aumento potencial da quantidade de proteína microbiana ruminal que chega ao intestino delgado para ser utilizada pelo animal.
Palavras-chave:
Caprinos; Pastagem nativa; Semiárido; Ovinos