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Trocas gasosas e crescimento do milho em função da porosidade de aeração e compactação

RESUMO

Partindo da hipótese de que menos de 10% de porosidade de aeração são suficientes para garantir o desenvolvimento das plantas, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de níveis de porosidades de aeração e densidade do solo nas trocas gasosas e no crescimento em plantas de milho. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em blocos aleatorizados no arranjo fatorial (2 × 5): duas densidades (1.6 e 1.7 Mg m-3) e cinco porosidades de aeração (0.07, 0.08, 0.09, 0.10 e 0.12 m3 m-3), com cinco repetições. A interação entre os fatores não causou efeito nas variáveis analisadas. Houve efeito significativo da porosidade de aeração na fotossíntese, condutância estomática, índice relativo de clorofilas (SPAD), altura de plantas e produção de biomassa, com ajustes ao modelo quadrático. A maior porosidade de aeração reduziu a condutância em 11%, seguido de 7% de redução na fotossíntese e 6.4% no SPAD. Porosidades de aeração menores que 0.10 m3 m-3, não causaram expressiva redução nos valores de trocas gasosas e crescimento do milho. Na densidade do solo de 1.7 Mg m-3 a fotossíntese, SPAD, clorofila b, total e de carotenoides foram maiores, mas sem incremento na biomassa e área foliar. Conclui-se que porosidades de aeração maiores que 0.10 m3 m-3 são mais limitantes às plantas em decorrência de modificações nos atributos do solo, como a resistência à penetração e o conteúdo de água. Os maiores teores de clorofila b e carotenoides na maior densidade são repostas de aclimatação à condição de estresse.

Palavras-chave:
Aeração do solo; Qualidade física; Ecofisiologia; Zea mays L.

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