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Tolerância à salinidade na produção de mudas de Catharanthus roseus, Tagetes patula e Celosia argentea

RESUMO

A garantia do abastecimento de água para agricultura irrigada no semiárido deve passar necessariamente pelo uso de águas de qualidade inferior, como as águas salobras. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a tolerância à salinidade para as espécies ornamentais Catharanthus roseus, Tagetes patula e Celosia argentea, utilizando-se diferentes métodos. O experimento foi conduzido em blocos ao acaso, arranjado em esquema fatorial 10 x 3, correspondendo a 10 concentrações salinas da água de irrigação (CEa 0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5; 3,0; 3,5; 4,0; 5,0 e 6,0 dS m-1) e 3 espécies de plantas ornamentais. Quatro métodos de avaliação da tolerância à salinidade foram testados, utilizando valores relativos ou percentuais de redução das análises quantitativas e qualitativas. Os diferentes métodos evidenciam maior sensibilidade à salinidade de C. roseus, na fase de produção de mudas, em relação às espécies T. patula e C. argentea. Os métodos da salinidade limiar e do índice ORN apresentaram resultados semelhantes, sendo C. roseus classificada como sensível e as espécies T. patula e C. argentea como moderadamente sensíveis à salinidade. O método de Fageria (1985) permitiu boa separação das espécies, com limites de tolerância de 1,5; 2,5 e 3,5 dS m-1, respectivamente para C. roseus, T. patula e C. argentea. Fica óbvio pela comparação com dados da literatura que a fase de produção de mudas é mais sensível ao estresse salino, sendo necessária a realização de novos estudos que visem atenuar os efeitos do estresse nessa fase, mediante o emprego de técnicas de manejo.

Palavras-chave:
Estresse salino; Plantas ornamentais; Análise sensorial; Irrigação

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