RESUMO
O minced fish pode ser utilizado na elaboração de produtos de pescado, apesar de ser muito susceptível a oxidação lipídica e desenvolvimento microbiano. Os snacks de pescado são alimentos muito apreciados em países asiáticos, porém ainda pouco estudados no Brasil. Portanto, o objetivo do presente estudo foi elaborar snacks com 20, 30 e 40% de minced de resíduos de filetagem de tilápia do Nilo e avaliar a estabilidade aos zero, 15, 30 e 45 dias de armazenagem a temperatura ambiente (25 ºC), por meio de análises físico-químicas, microbiológicas e sensorial. A inclusão de minced fish diminuiu (P<0,05) os valores de bases nitrogenadas voláteis (0,71 a 0,56 mg N.100g-1) e aumentou o pH (5,45 a 5,90) dos snacks. Durante a armazenagem, houve aumento (P<0,05) nos valores de oxidação lipídica (1,10 a 2,03 mg. malonaldeído.kg-1) e pH (5,57 a 5,73) dos snacks. A contagem microbiana dos snacks foi baixa e estiveram dentro do limite permitido pela legislação Brasileira. A aceitação sensorial de sabor, cor, textura, aceitação global e intenção de compra dos snacks foi diminuindo com o aumento da inclusão de minced fish, porém permaneceram com notas acima de 5, que equivale a “não gostei nem desgostei”. Durante a armazenagem de até 45 dias, os atributos sensoriais dos snacks permaneceram praticamente estáveis e com boa aceitação. Portanto, os snacks podem ser elaborados com inclusão de 20 a 40% de minced de resíduos de filetagem de tilápia do Nilo sem comprometer sua aceitação sensorial e estabilidade físico-química e microbiológica durante 45 dias de armazenagem a 25 ºC.
Palavra-chave:
Vida útil; Biscoito de pescado; Conservação; Oxidação lipídica