RESUMO
A persistência dos herbicidas no solo é extremamente importante para proporcionar controle de plantas daninhas durante o período crítico de interferência e determinar quais culturas poderão ser implantadas nos cultivos sucedâneos. Desta forma, objetivou-se avaliar o efeito do metsulfuron-methyl aplicado em diferentes períodos em relação a semeadura da soja, buscando-se determinar o intervalo de tempo seguro entre a sua aplicação e a semeadura desta leguminosa, em diferentes condições edafoclimáticas. Foram conduzidos dois experimentos, sendo um no município de Campo Mourão-PR (safra 2014/15) e outro em Curitibanos-SC (safra 2015/16). Ambos experimentos foram conduzidos em delineamento experimental de blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial 2 x 6 + 1, onde o fator A representou duas doses de metsulfuron-methyl (1,98 e 3,96 g ha-1) e o fator B seis épocas entre a aplicação do metsulfuron-methyl e a semeadura da soja (0, 15, 30, 45, 60 e 75 dias após a aplicação - DAA), além de uma testemunha sem a aplicação do herbicida, para servir como padrão de comparação. Avaliou-se a porcentagem de fitointoxicação, altura de plantas, estande, número de vagens por planta, massa de 100 grãos e produtividade. Notou-se diferença na persistência do metsulfuron-methyl para os experimentos de Campo Mourão-PR e Curitibanos-SC, sendo maior para o primeiro município. O intervalo seguro entre a aplicação do metsulfuron-methyl e a semeadura da soja foi de 17 dias para o experimento de Curitibanos-SC e de 40 dias para Campo Mourão-PR. O volume de precipitação, o pH e a matéria orgânica são os principais fatores que podem ter influenciado na duração deste intervalo.
Palavras-chave:
Carryover; Sulfonilureia; Fitointoxicação; Produtividade; Glycine max
