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Mecanismos de tolerância à salinidade em mudas de seis espécies arbóreas nativas do semiárido brasileiro

RESUMO

No presente trabalho buscou-se avaliar o grau de tolerância à salinidade e os mecanismos fisiológicos de mudas de seis espécies lenhosas nativas da caatinga, sob um gradiente de salinidade do solo, em casa de vegetação. Utilizou-se um delineamento em bloco ao acaso, em parcelas subdivididas, com cinco repetições, sendo as parcelas formadas pelas seis espécies e as subparcelas pelos níveis de salinidade do solo (1,2; 2,7; 4,7; 6,7; e 8,4 dS m-1). Os resultados demonstram que as espécies da Caatinga exibem uma elevada capacidade de adaptação em solos de salinidade baixa e moderada. Entretanto, considerando-se os graus de redução na produção de matéria seca total, no maior nível de salinidade, observou-se que apenas a espécie M. urundeuva mostrou-se tolerante à salinidade; H. impetiginosus e E. velutina se comportaram como moderadamente tolerantes. No presente estudo, também não foi possível estabelecer uma relação clara entre as trocas gasosas e o acúmulo de solutos orgânicos nas folhas com os graus de tolerância ao sal. Por outro lado, uma forte relação foi observada entre a razão Na+/K+ e o grau de tolerância das espécies em estudo, com as espécies mais tolerantes apresentando menos variação e valores mais baixos com o aumento da salinidade do solo. Estas espécies, contudo, mostraram uma baixa capacidade de retenção de Na+ nos caules, que pode ser um fator limitante na sua utilização em projetos de revegetação em áreas degradadas por salinização secundária.

Palavras-chave:
Estresse salino; Caatinga; Plantas lenhosas; Trocas gasosas

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