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Resposta fisiológica da pimenta do reino (Piper nigrum L.) ao déficit de irrigação

RESUMO

Em razão da quantidade de água utilizada no setor agropecuário, comparada às outras atividades, a irrigação deve ser feita de forma criteriosa e com base no conhecimento das relações hídricas vegetais. O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento fisiológico de plantas jovens de pimenta-do-reino (Piper nigrum L.), submetidas a restrições hídricas, assim como o potencial de recuperação após o estresse. As plantas, cultivadas em potes de 5 L, foram submetidas a diferentes níveis de irrigação (100; 78; 58 e 32% da lâmina controle), com manejo realizado por acionamento automático a partir de um sensor de tensão da água no solo. Foram avaliados: potencial osmótico foliar (Ψo), conteúdo relativo de água (CRA), condutância estomática (gs) e pigmentos fotossintéticos. Para avaliar a capacidade de recuperação das plantas, houve reidratação do substrato quando cerca de 50% das plantas de um tratamento apresentassem condutância estomática (gs) próxima a zero. Os diferentes níveis de déficit hídrico reduziram os valores de todas as variáveis. No tratamento 32% foram observados valores de −2,39 MPa para Ψo, 60% para CRA e gs próxima a zero no 28º dia de restrição hídrica. Após três dias de reidratação deste tratamento, a recuperação desses valores foi parcial, não atingindo os valores dos tratamentos 100 e 78%. Plantas de pimenta do reino exibiram elevada susceptibilidade a restrições hídricas e baixa capacidade de recuperação após estresse.

Palavras-chave:
Potencial osmótico; Estômatos; Condutância estomática; Estresse hídrico

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