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Uso de Spirulina platensis no tratamento de efluentes de piscicultura

RESUMO

A cada ano a quantidade de peixes produzidos no mundo é maior, podendo ocasionar sérios impactos ambientais, como o despejo de efluentes no meio ambiente sem tratamento prévio. Este trabalho científico buscou desenvolver a Spirulina platensis em efluentes de piscicultura, um meio de baixo custo para a produção de biomassa, a fim de reduzir os níveis de alguns nutrientes inorgânicos até parâmetros permitidos pelas normas ambientais brasileiras para o descarte de efluentes e que possibilite o reuso desta água. Alevinos de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) foram produzidos em água doce. O efluente gerado nestes cultivos foi transferido para uma piscina onde foi adicionada água do mar até atingir a salinidade 10‰. Uma cepa da cianobactéria Spirulina platensis foi inoculada na mistura com o objetivo de remover os nutrientes dissolvidos no efluente da piscicultura. Os parâmetros abióticos analisados foram: absorbância, pH, oxigênio dissolvido, temperatura, salinidade e as concentrações de amônia, nitrito, nitrato e fosfato. Os resultados revelaram que a densidade celular máxima de S. platensis resultou na produção de 0,22 g L-1 de biomassa seca e produtividade máxima de 0,03 g L-1 dia-1. As reduções das concentrações de amônia, nitrito, nitrato e fosfato foram superiores a 94,8%, deixando os níveis dos nutrientes dentro dos padrões exigidos pelas normas ambientais brasileiras. Assim, este efluente se tornou apto para reuso na própria produção dos peixes ou ser descartado com segurança na natureza.

Palavras-chave:
Oreochromis niloticus; Microalgas; Cianobactérias; Biorremediação; Nutrientes

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