As condições pedoambientais promovem alterações nos atributos do solo. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi estudar as interferências dos pedoambientes nos atributos do solo de uma topossequência de transição Campos/Floresta na região de Humaitá, AM. Escolheu-se uma topossequência característica de sequência Campos/Floresta, em seguida foi estabelecido um caminhamento, partindo do ambiente de campo natural até o ambiente de floresta. Esses pedoambientes foram identificados e delimitados conforme a expressão dos padrões vegetacionais. Foram coletadas 20 amostras laterais ao caminhamento, representativas de cada uma das unidades pedoambientais da topossequência (campo alto: 0,0-14 e 0,30-0,66 m; campo baixo: 0,0-0,15 e 0,27-0,80 m; zona de ecótono: 0,0-0,15 e 0,32-0,50 m; floresta: 0,0-0,15 e 0,67-100 m), totalizando 80 amostras. O critério de escolha das profundidades foi a coincidência com os horizontes diagnósticos superficiais e subsuperficiais determinados na descrição morfológica dos perfis. Foram realizadas análises físicas de textura, argila dispersa e grau de floculação, densidades do solo e das partículas, porosidade total e condutividade hidráulica. Nas análises químicas foram determinados pH em água e KCl, Ca, Mg, K, Na e Al trocáveis, P disponível, H+Al e C orgânico. Os atributos físicos e químicos do solo apresentaram-se dependentes dos pedoambientes. Com o uso das técnicas estatísticas multivariadas foi possível distinguir três diferentes ambientes que equivalem a três pedoambientes.
Solos da Amazônia; Campos Naturais; Pedogênese