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BIOFORTIFICAÇÃO AGRONÔMICA DE BETERRABA COM ZINCO VIA CONDICIONAMENTO OSMÓTICO DE SEMENTES

RESUMO

Uma quinta parte da população mundial consome pouco zinco (Zn), causando deficiências que podem causar danos celulares, retardo no crescimento e diminuir o sistema imunológico. Nesse trabalho avaliou-se o efeito do tempo de condicionamento osmótico de sementes de beterraba em soluções enriquecidas com Zn sobre a fisiologia, o crescimento, a produção e a biofortificação da raiz. Dois experimentos em estufa foram conduzidos durante primavera de 2015 e outono de 2016. Em cada experimento foram testados 24 tratamentos os quais compreenderam as combinações de três concentrações de Zn (0, 10 e 30 mg mL-1), duas fontes de Zn (sulfato e cloreto) e quatro tempos (12, 16, 20 e 24 horas), sob arranjo de blocos casualizados com quatro repetições. A concentração de Zn, principalmente como sulfato, afetou todos os parâmetros avaliados nas plantas de beterraba, massa fresca e seca de raiz, fotossíntese e a concentração de Zn na raiz (biofortificação). Em comparação ao controle, a massa fresca da raíz incrementou 70 e 100 g por planta com 10 mg mL-1 Zn durante os experimentos de 2015 e 2016, respectivamente. A mesma concentração por 16 horas provocou a maior concentração de Zn nas raízes atingindo 121 e 42 mg kg-1 em 2015 e 2016, respectivamente. Assim, o condicionamento osmótico de sementes em soluções enriquecidas com Zn, melhora as respostas fisiológicas das plantas, promovendo incrementos no crescimento, na produção e na biofortificação das raízes de beterraba. Portanto, esse método pode ser utilizado para biofortificar agronomicamente plantas de beterraba, independente da fonte de Zn.

Palavras-chave:
Beta vulgaris var. vulgaris; Valor nutricional; Tratamento de sementes; Micronutriente

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