RESUMO
Considerando a importância de se avaliar a compatibilidade entre o sistema de exploração usualmente empregado na Caatinga e o processo de regeneração da vegetação, este estudo objetivou avaliar a viabilidade de recuperação dos parâmetros estruturais em uma unidade experimental submetida a diferentes sistemas de manejo com idades de 9, 12, 16, 20 e 26 anos pós-exploração. A área foi submetida aos regimes de corte raso (CR) e três tipos de cortes seletivos (SC1 – corte seletivo 1, de árvores com diâmetro na base – DNB < 15 cm; SC2 – corte seletivo 2, de DNB > 10 cm; e SC3 – corte seletivo 2, de DNB entre 5 e 10 cm). Em parcelas permanentes de 20 m × 20 m, foram mensurados os indivíduos com CAP ≥ 6 cm e altura total superior a 1,0 m. Ao longo dos anos de monitoramento, o CR apresentou os menores valores de densidade, dominância e volume, não obtendo recuperação em área basal e volume mesmo após 26 anos de regeneração. Os tratamentos SC2 e SC3 se sobressaíram quanto à recuperação do estoque original de biomassa lenhosa, apresentando valores superiores aos originais e indicando que os dados iniciais não correspondiam ao potencial máximo do sítio. A dinâmica florestal apontou à insuficiência do ciclo de corte raso de 15 anos quanto à recuperação da composição e estrutura florestal nesta região.
Palavras-chave:
Ciclo de corte; Regeneração natural; Manejo florestal sustentável