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Trocas gasosas e pós-colheita da mangueira ‘Kent’ submetida a déficit hídrico controlado no semiárido

RESUMO

O Brasil é o sétimo maior produtor de mangas do mundo e o Vale do São Francisco é a principal região produtora, tendo a ‘Kent’ como uma das principais cultivares. Considerando que o manejo da irrigação afeta a fisiologia, a produção e a qualidade dos frutos, o objetivo deste trabalho foi avaliar as trocas gasosas nas folhas e a qualidade dos frutos da mangueira ‘Kent’ submetida a déficit hídrico controlado no Semiárido. O experimento foi conduzido em Petrolina-PE, semiárido do Vale do São Francisco. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, em esquema fatorial triplo, com quatro lâminas de irrigação (40; 60; 80 e 100% da evapotranspiração da cultura - ETc), três estádios fenológicos (F1 - floração, F2 - crescimento de frutos e F3 -maturação de frutos) e dois ciclos produtivos (2018 e 2019), com quatro repetições. Durante os estádios fenológicos, foram avaliados os parâmetros fisiológicos de trocas gasosas. Após a colheita, foram avaliados: teor de sólidos solúveis, acidez titulável, pH, firmeza e coloração da casca. A irrigação com lâmina entre 79,5 e 83,6% da ETc durante as fases avaliadas proporcionou maiores trocas gasosas nas folhas, maior firmeza e acidez nos frutos. A redução na lâmina de irrigação na F1 e F3 diminuiu o teor de sólidos solúveis, enquanto que na F2 o maior teor de sólidos solúveis foi obtido com irrigação entre 68,24 e 74,5% da ETc. A lâmina de irrigação mais adequada para o cultivo da manga ‘Kent’ depende do propósito do produtor e da fase fenológica da cultura.

Palavras-chave:
Manga; Irrigação; Qualidade de frutos; Mangifera indica L

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