RESUMO
No ambiente agrícola é comum a ocorrência de estresse de origem biótica e abiótica, como a interferência das plantas daninhas e o déficit hídrico no solo, respectivamente. Porém, pouco se conhece sobre os efeitos da interação desses estresses sobre o crescimento de espécies cultivadas e daninhas. Desta maneira, objetivou-se com este trabalho avaliar os efeitos da competição e do déficit hídrico sobre o crescimento de girassol e plantas daninhas. O experimento foi realizado em delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos foram arranjados em fatorial 5x2, com o primeiro fator correspondente aos arranjos de competição entre as espécies (girassol + Waltheria indica; girassol + Amaranthus spinosus; girassol, W. indica e A. spinosus em monocultivo), e o segundo dos regimes hídricos (irrigado e déficit hídrico). O déficit hídrico foi estabelecido quando as plantas de girassol apresentavam seis folhas expandidas - estádio V6 e mantido até que a taxa de assimilação de CO2 das plantas alcançasse valores próximos à zero (6 dias), quando foi retomada a irrigação, sendo mantida até aos 40 dias, momento em que as plantas foram coletadas. Os componentes de crescimento avaliados foram: altura de planta, área foliar, massa seca de folha, caule, raiz e total. A competição entre plantas reduz o crescimento do girassol, W. indica e A. spinosus. As espécies W. indica e A. spinosus agravam os efeitos negativos do déficit hídrico sobre o crescimento do girassol. O déficit hídrico não afeta o crescimento da espécie W. indica. O A. spinosus é mais competitivo com o girassol do que a W. indica.
Palavras-chave:
Helianthus annuus; Amaranthus spinosus; Waltheria indica; Estresse hídrico; Interferência