RESUMO
A mancha de ramulária (MR) é a principal doença do algodoeiro no Brasil e uma das principais causas de redução na produtividade da cultura. A doença causa desfolha, reduz a capacidade fotossintética e provoca abertura precoce de capulhos. Devido a importância da doença para o algodão e da carência de publicações nessa área, neste se avaliou a eficiência de fungicidas no controle da MR em algodoeiro e mensurou os danos causados sobre a produtividade e a qualidade da fibra. Foram conduzidos três experimentos de nas safras 2014/15 e 2016/17, em Planaltina/DF e Cristalina/GO, seguindo o delineamento de blocos casualizados e os tratamentos foram compostos pelos fungicidas, além de uma testemunha. As aplicações foram iniciadas preventivamente e repetidas a cada 14 dias (6 pulverizações). As variáveis mensuradas foram a severidade da MR, com a qual foi calculada a área abaixo da curva de progresso da MR (AACPR), a produtividade e a qualidade da fibra do algodão. Os fungicidas avaliados reduziram significativamente a AACPR em relação à testemunha e obtiveram maior produtividade de algodão em caroço. As estrobilurinas (azoxistrobina, piraclostrobina e picoxistrobina) mostraram baixa efetividade no controle da doença. Os triazóis (difenoconazol, epoxiconazol, tetraconazol e metconazol) apresentaram desempenho superior às estrobilurinas. Maior eficiência de controle foi obtida pela aplicação de piraclostrobina + fluxapiroxade, piraclostrobina + epoxiconazol + fluxapiroxade e hidróxido de fentina. A MR reduziu a produtividade do algodoeiro e induziu danos de 14,8 a 31,7%, reduzindo a qualidade da fibra, impactando negativamente o micronaire, comprimento, resistência e uniformidade da fibra.
Palavras-chaves:
Algodão; Controle de doenças; Ramulariopsis gossypii; Qualidade da fibra; Danos