RESUMO
O maracujazeiro amarelo é uma espécie frutífera bastante cultivada em todo o território Semiárido brasileiro, contudo, seu rendimento produtivo é afetado pela qualidade das águas desta região. Neste contexto, objetivou-se avaliar as trocas gasosas e a produção do maracujazeiro cv. BRS Rubi do Cerrado irrigado com águas de distintas naturezas catiônicas. O estudo foi conduzido em lisímetros de drenagem em condições de casa de vegetação em Campina Grande, PB, no delineamento em blocos casualizados, sendo os tratamentos oito naturezas catiônicas da água de irrigação (S1 - Testemunha; S2 - Na+; S3 - Ca2+; S4 - Mg2+; S5 - Na+ + Ca2+; S6 - Na+ + Mg2+; S7 - Ca2+ + Mg2+ e S8 - Na+ + Ca2+ + Mg2+) com três repetições. As plantas do tratamento testemunha foram irrigadas com água de baixa condutividade elétrica (CEa = 0,4 dS m-1), já os demais tratamentos foram irrigadas com CEa de 3,5 dS m-1. Os tratamentos Na+ + Ca2+; Na+ + Mg2+ e Ca2+ + Mg2+ foram preparados na proporção equivalente de 1:1 e Na++Ca2++Mg2+ na proporção 7:2:1, respectivamente. A salinidade da água de 3,5 dS m-1 reduziu as trocas gasosas, sendo a condutância estomática e a transpiração as variáveis mais sensíveis do maracujazeiro. O número de frutos do maracujazeiro cv. BRS Rubi do Cerrado diminuiu com a salinidade da água, independente da natureza catiônica. As águas de natureza cálcica e o cálcica+magnesiana promoveram os maiores efeitos deletérios sob as variáveis de produção do maracujazeiro, aos 259 dias após o transplantio.
Palavras-chave: Passiflora edulis Sims; Fruticultura; Irrigação; Salinidade