Acessibilidade / Reportar erro

Cirurgia para o controle de danos: sua evolução durante os últimos 20 anos

Em menos de vinte anos, o que começou como um conceito para o tratamento de pacientes com trauma grave do tronco e acentuada perda sanguínea tornou-se o modelo de tratamento primário para numerosos pacientes da emergência, com lesões que ameaçam à vida, incapazes de tolerar os tradicionais métodos cirúrgicos. Seus principais conceitos são de natureza simples: em primeiro lugar, adequada identificação do paciente que necessita deste modelo de tratamento; segundo, substituição do procedimento cirúrgico convencional para a operação mínima necessária; terceira, agressiva reanimação na unidade de cuidados intensivos; em quarto lugar, tratamento definitivo apenas quando o paciente estiver apto à suportá-lo. Estes princípios fundamentais podem ser empregados para uma variedade de situações de emergência, de sua aplicação original na associação de injúrias viscerais e vasculares complexas à sepse de origem abdominal e ao trauma ortopédico. Uma série de novas estratégias de reanimação e tecnologias têm sido desenvolvidas ao longo das duas últimas décadas, da hipotensão permissiva e controle de dano da reanimação à modernos ventiladores e agentes hemostáticos, que permitiram uma reanimação adequada a este modelo, com redução da morbidade. A combinação deste simples conceito com à melhor compreensão da reanimação, tem provado ser uma potente associação. Como tal, o que era considerado uma lesão quase fatal (lesão vascular e visceral combinadas) tem possibilitado a sobrevida de doentes.

Pacientes; Ferimentos e lesões; Terapêutica; Procedimentos cirúrgicos operatórios; Controle


Colégio Brasileiro de Cirurgiões Rua Visconde de Silva, 52 - 3º andar, 22271- 090 Rio de Janeiro - RJ, Tel.: +55 21 2138-0659, Fax: (55 21) 2286-2595 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: revista@cbc.org.br