RESUMO
Objetivo:
demonstrar que a utilização da técnica de implantação do portocath sem a etapa de tunelização não está associado a maior taxa de complicações a curto ou longo prazo. Além disso, almeja-se aperfeiçoar a técnica da implementação do dispositivo portocath, com a apresentação de um guia passo a passo para conduzir os cirurgiões em formação.
Métodos:
trata-se de um estudo retrospectivo descritivo, com componentes analíticos. Os dados foram analisados por meio das informações extraídas dos prontuários eletrônicos vinculados código do procedimento SUS entre 2019-2020.
Resultados:
nenhum dos 94 procedimentos culminou em complicações no dia de sua realização. Foram registradas complicações após sete dias do procedimento em apenas dois pacientes (2,13%). A radioscopia intraoperatória havia sido realizada em ambos os casos. Após 30 dias do procedimento, foram observadas complicações em dois pacientes entre os 92 restantes (2,17%), ambos submetidos ao implante do cateter sem tunelização. Não houve complicações seis meses após o implante do portocath em 57,4% dos pacientes e não há informação acerca dos outros 42,6%.
Conclusão:
a técnica inserção do portocath sem tunelização é um procedimento ambulatorial seguro, de baixo risco de complicação, podendo ser adotada como forma de abreviar tempo de procedimento e desconforto ao paciente, sem prejuízos funcionais ou de segurança. Não houve associação entre não tunelizar o cateter, lateralidade da veia puncionada e realização de radioscopia no transoperatório com a taxa de complicações.
Palavras-chave:
Cirurgia Geral; Oncologia; Cateteres; Dispositivos de Acesso Vascular; Oncologia Cirúrgica