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Carcinoma bem diferenciado de tireoide: perfil epidemiológico, resultados cirúrgicos e resposta oncológica.

RESUMO

Objetivo:

conhecer o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos à cirurgia do carcinoma bem diferenciado da tireoide no Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes da Universidade Federal do Espírito Santo, assim como os resultados oncológicos e as principais complicações pós-operatórias.

Métodos:

estudo transversal e retrospectivo de pacientes portadores de carcinoma bem diferenciado da tireoide operados no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2015.

Resultados:

no período do estudo, dos 353 pacientes submetidos a tratamento cirúrgico da glândula tireoide, 95 eram portadores de CBDT. O carcinoma papilífero da tireoide foi o mais frequente (91,57%). A tireoidectomia total não associada a esvaziamento cervical foi o procedimento cirúrgico mais frequente (65,26%). As complicações pós-operatórias ocorreram em 6,31% dos pacientes, sendo o hematoma a mais frequente. O tempo médio de seguimento foi de 36,9 meses. A recidiva ocorreu em quatro pacientes (4,21%), sendo locorregional em todos os casos. Os fatores prognósticos analisados, como sexo, idade, tamanho do tumor, acometimento linfonodal, estadiamento, tipo de cirurgia, histologia e iodoterapia complementar não demonstraram significância estatística.

Conclusão:

o carcinoma papilífero da tireoide foi a neoplasia maligna mais frequente, acometendo o sexo feminino na faixa etária dos 49 anos mais frequentemente. A recidiva locorregional ocorreu em quatro pacientes. O hematoma foi a complicação mais frequente.

Descritores:
Neoplasias da Glândula Tireoide; Carcinoma Papilar; Nódulo da Glândula Tireoide; Carcinoma Papilar; Variante Folicular; Tireoidectomia

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