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Uso de cromoscopia com corante para detecção de pólipos em ceco e cólon ascendente - Deve ser utilizado de rotina?

RESUMO

Introdução:

a colonoscopia é o melhor método para detecção de pólipos, com redução da mortalidade por câncer colorretal de 29% e chegando até 47% para tumores distais. No entanto, existe falha em demonstrar redução significativa na mortalidade no cólon proximal sendo o segmento mais comum de neoplasia de intervalo. O presente estudo avaliou o impacto na detecção de pólipos em uma segunda avaliação sequencial do ceco e cólon ascendente, com ou sem o uso de cromoendoscopia com Indigo carmim.

Métodos:

estudo prospectivo, não randomizado. Os pacientes foram divididos em dois grupos. O primeiro (G1) foi submetido à colonoscopia de rotina, seguida de segunda avaliação endoscópica do cólon ascendente e ceco. O segundo grupo (G2) foi submetido à colonoscopia de rotina, seguida de segunda avaliação do cólon ascendente e ceco com cromoendoscopia com índigo carmim.

Resultados:

no total, foram analisados 203 pacientes, sendo 101 do G1 e 102 do G2. Novos pólipos foram identificados em ambos os grupos após a segunda avaliação com número significativamente maior de pólipos detectados nos pacientes do G2 (p=0,0001). O número de pacientes que apresentaram pelo menos um pólipo nas duas avaliações endoscópicas foi significativamente maior no G2 (53 ou 52% vs 27 ou 26,7%, p=0,0002). Na segunda avaliação endoscópica, o número de pólipos encontrados também foi significativamente maior no G2 (50 ou 76,9%) em relação ao G1 (15 ou 23,1%), p<0,000.

Conclusão:

a segunda avaliação com cromoendoscopia com índigo carmim aumenta a detecção de pólipos no cólon ascendente e no ceco.

Palavras-chave:
Neoplasias Intestinais; Pólipos; Colonoscopia

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