RESUMO
Objetivo:
avaliar o perfil do cirurgião robótico brasileiro e seu reconhecimento sobre o novo processo de certificação para cirurgia robótica que consta na declaração da Associação Médica Brasileira (AMB). De acordo com a declaração da AMB, as sociedades médicas e os preceptores devem alcançar papéis de liderança no treinamento e certificação de cirurgiões, atuando em parceria com a indústria.
Métodos:
uma pesquisa nacional pela Internet foi promovida pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões com seus membros.
Resultados:
entre as 294 respostas, os cirurgiões foram divididas em dois grupos: 133 (45,3%) que possuíam certificação de console robótico e 161 (54,8%) que não possuíam. A média geral de idade foi de 46 anos, mas o grupo não robótico teve mais cirurgiões com pelo menos 30 anos de experiência (32,3% versus 23,3%, p = 0,033). Cirurgiões com certificação robótica trabalhavam mais frequentemente em cidades mais populosas, com pelo menos um milhão de habitantes (85,7 versus 63,4%, p <0,001). A maioria dos cirurgiões de ambos os grupos tem posicionamento semelhante para todos os pontos principais da declaração. No entanto, as proporções de concordância para a responsabilidade do preceptor durante os procedimentos foram maiores entre os cirurgiões não robóticos que esperavam que o preceptor assumisse corresponsabilidade pelo procedimento (85% versus 60,9%, p <0,001), e que intervenha , tanto quanto necessário (97,5% versus 91,7%, p = 0,033).
Conclusão:
a aceitação por parte da maioria dos profissionais em relação à declaraçãoda AMB parece ser caminho promissor para aumentar a participação das entidades médicas na certificação robótica no Brasil.
Palavras chave:
Certificação; Procedimentos Cirúrgicos Minimamente Invasivos; Robótica; Treinamento por Simulação