RESUMO
Introdução:
recentemente tem-se estudado a variável densidade linfonodal como possível influenciador na sobrevida de pacientes com diagnóstico de câncer de cabeça e pescoço.
Objetivo:
analisar a relação entre a densidade linfonodal e a sobrevida de pacientes recidivados previamente submetidos a cirurgia de esvaziamento cervical por carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço.
Método:
foram analisados retrospectivamente 71 prontuários pacientes atendidos no Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Pontifícia Universidade Católica de Campinas que tinham sido submetidos a cirurgia de esvaziamento cervical e apresentaram recidiva tumoral entre os anos de 2006 e 2019. Dados relativos ao paciente e ao tumor tais como: idade, sexo, cor da pele, tabagismo, etilismo, localização do tumor primário, características anatomopatológicas e status linfonodal foram correlacionados ao tempo de sobrevida dos indivíduos.
Resultados:
encontramos predominância do sexo masculino e a média de idade foi de 59,5 anos. O sítio primário mais frequente foi a cavidade oral seguido da laringe e orofaringe. A taxa de mortalidade foi de 53,52% e a densidade linfonodal média 0,28. Encontramos influência na sobrevida com significância estatística para os parâmetros: densidade linfonodal, número de linfonodos dissecados e acometidos, estadiamento T e N, tipo de tratamento proposto (paliativo ou cirúrgico), presença de margens comprometidas no tumor primário e extravasamento linfonodal.
Conclusão:
o cálculo da densidade linfonodal em pacientes recidivados após cirurgia de esvaziamento cervical por carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço deve ser levado em consideração durante o planejamento terapêutico e na avaliação prognóstica devido à sua direta influencia na sobrevida dos indivíduos.
Palavras-chave:
Neoplasias de Cabeça e Pescoço; Esvaziamento Cervical; Razão entre Linfonodos