RESUMO
Objetivo:
avaliar simetria após a cirurgia conservadora da mama (CCM) para câncer.
Métodos:
estudo prospectivo de pacientes submetidos à CCM, as quais foram fotografadas segundo os mesmos critérios de avaliação. Os pontos de referência utilizados foram a diferença de altura do mamilo (AM), a distância mamilo-manúbrio (MM), a distância mamilo-esterno (ME) e o ângulo entre o sulco intramamário e o mamilo (ângulo mamilo; AnM). Foi usado o programa ImageJ. Avaliamos três modelos de simetria mamária: excelente/outros (modelo 1), excelente-bom/outros (modelo 2) e outros/ruim (modelo 3). Aplicamos a curva ROC para selecionar os critérios aceitáveis para a avaliação da simetria. Realizamos análise com o modelo de árvore de decisão.
Resultados:
foram avaliadas 274 mulheres. Os resultados do BCCT.core foram excelentes em 5,8% (16), bons em 24,1% (66), regulares em 46,4% (127) e ruins em 23,7% (65). A diferença de AM (dAM) foi associada a boa área mamária (0,837-0,846); diferenças aceitáveis foram inferiores a 3,1 cm, enquanto os valores inaceitáveis foram superiores a 6,4 cm. As diferenças MM (dMM) foram associadas à área regular das mamas (0,709-0,789); diferença de valor inferior a 4,5 cm foi aceitável, enquanto valores superiores a 6,3 cm foram inaceitáveis. O modelo combinado de árvore de decisão demonstrou resultado bom-excelente para pacientes com diferencial (d) dAM = 1 (0 a 5,30 cm) e dMM ≠ 3 (< 6,28 cm), e resultado ruim/ruim com dMM = 3 (> 6,35 cm).
Conclusões:
os resultados aqui apresentados são ferramentas simples que podem auxiliar o cirurgião na avaliação da simetria mamária.
Palavras chave:
Neoplasia da Mama; Tratamento Conservador; Mastectomia Segmentar; Imagem Corporal; Análise ROC