RESUMO
Objetivo:
a doença pulmonar intersticial compreende um grupo de doenças pulmonares com grandes variedades fisiopatológicas. Este trabalho objetiva relatar a biópsia cirúrgica videotoracoscópica em pacientes com doença pulmonar intersticial por meio de incisão torácica mínima única, sem intubação orotraqueal, sem drenagem torácica e sem uso de bloqueadores neuromusculares.
Métodos:
este estudo é uma série de 14 casos avaliados de forma retrospectiva, descritiva, onde no qual os pacientes foram submetidos a biópsia cirúrgica pulmonar no período de janeiro de 2019 a janeiro de 2020. Os pacientes incluídos na pesquisa, apresentavam doença pulmonar intersticial difusa sem diagnóstico etiológico definido.
Resultados:
nenhum dos pacientes apresentou complicações transoperatórias, não houve necessidade de drenagem torácica no período pós-operatório e a dor dos pacientes, avaliada por meio da escala verbal, teve moda de 2 (valores mínimos de 1 e máximo de 4) no período de pós-operatório imediato e 1 (valores mínimos de 1 e máximos de 3) no momento da alta hospitalar. O tempo de permanência hospitalar foi de até 24 horas, sendo que 12 pacientes receberam alta no mesmo dia da internação.
Conclusão:
conclui-se, assim, que nesta série de casos, a realização de procedimentos de cirurgia toracoscópica videoassistida uniportais para realização de biópsias pulmonares, sem intubação orotraqueal, sem drenagem torácica e sem uso de bloqueadores neuromusculares trazem benefícios para o paciente sem comprometer sua segurança. Estudos maiores são necessários para comprovar tanto a segurança quanto à eficácia deste método.
Palavras chave:
Cirurgia Torácica; Pneumopatias; Biópsia Guiada por Imagem; Cirurgia Torácica Vídeoassistida