RESUMO
Objetivo:
identificar os principais fatores de risco associados ao desenvolvimento de complicações em pacientes portadores de apendicite aguda.
Métodos:
estudo caso controle de dados dos prontuários de 402 pacientes internados com apendicite aguda em um hospital de nível secundário, separados em dois grupos: grupo controle, com 373 pacientes que evoluíram sem complicações pós-operatórias (Grupo 1) e grupo estudo, com 29 pacientes que apresentaram complicações (Grupo 2). Foram avaliados dados demográficos, sinais e sintomas da doença, exames de imagem e dados da internação.
Resultados:
os fatores associados às complicações foram febre, alterações radiológicas e ultrassonográficas, descompressão brusca positiva e diarreia. Migração da dor, náuseas, vômitos e descompressão brusca positiva foram os achados significativamente mais frequentes nos dois grupos (p=0,05). Já a duração dos sinais e sintomas, em dias, no grupo 2 foi significativamente maior que no grupo 1, com mediana de três dias para o grupo com complicações (p=0,05).
Conclusão:
alterações nos exames de imagem, febre, diarreia, descompressão brusca positiva, tempo de duração de sintomas e menor faixa etária estão associados à maior frequência de complicações na apendicite aguda, o que reforça a importância da anamnese, do exame físico e da indicação de exames complementares na abordagem desses pacientes.
Descritores:
Apendicite; Apendicectomia; Complicações Intraoperatórias; Diagnóstico.