Objetivo:
avaliar o efeito cicatrizante do extrato aquoso do babaçu e do óleo de andiroba em feridas abertas no ceco de ratos.
Métodos:
cinquenta e quatro ratos Wistar foram divididos em três grupos de 18: 1) grupo babaçu, com aplicação do extrato aquoso de babaçu; 2) grupo andiroba, com aplicação do óleo; e 3) grupo controle, com aplicação de solução salina. Todos os procedimentos foram feitos por gavagem. Cada grupo foi dividido em três subgrupos de seis animais conforme o período de observação, aos 7, 14 ou 21 dias. De cada animal foi retirado fragmento do ceco com 1,5cm2 de diâmetro. As áreas das lesões foram analisadas por macroscopia e os segmentos ressecados das feridas por microscopia ótica em colorações de hematoxilina-eosina e tricrômico de Masson.
Resultados:
foram verificados abscesso e infecção em dois animais do grupo andiroba, e um com hematoma. Quanto ao grau de aderências, o grupo babaçu teve maior incidência de aderências grau II enquanto que no grupo controle e andiroba predominaram aderências grau I. Na análise microscópica no sétimo dia a proliferação fibroblástica foi maior no grupo andiroba e menor no grupo babaçu (p=0,028). No 14º dia os polimorfonucleares foram menos acentuados no grupo babaçu (p=0,007). Quanto ao teste de resistência à insuflação de ar atmosférico observou-se que o grupo andiroba em qualquer dos dias avaliados apresentou maior tensão. Quanto à colagenização, no sétimo dia, ela esteve presente em 100% dos animais do grupo andiroba. No 14º dia foi mais acentuada no grupo controle e no 21º dia resultados semelhantes para o grupo controle e andiroba.
Conclusão:
os animais dos grupos babaçu e andiroba apresentaram melhor cicatrização do ceco em comparação ao grupo controle.
Ratos; Cicatrização; Fitoterapia