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Indicações e resultados do retransplante hepático em três centros médicos

RESUMO

Introdução:

retransplante é o único tratamento viável para pacientes com perda irreversível do enxerto. O objetivo deste estudo foi analisar as indicações e resultados do retransplante hepático em três centros médicos.

Métodos:

foram incluídos no estudo 66 pacientes submetidos a retransplante hepático no período de setembro de 1991 a dezembro de 2021. Foi realizada uma análise retrospectiva avaliando dados demográficos, clínicos, diagnóstico primário dos pacientes, indicações e intervalo de tempo para retransplante, complicações e sobrevida do paciente.

Resultados:

de um total de 1.293 transplantes primários de fígado realizados, 70 necessitaram de um ou mais retransplantes de fígado. A principal indicação de transplante primário foi cirrose por hepatite C (21,2%). A trombose da artéria hepática foi a principal causa de retransplante (60,6%), sendo que quase metade (46,9%) dos retransplantes ocorreu dentro de 30 dias do procedimento inicial. O tempo médio de sobrevivência após retransplante de fígado foi de 89,1 meses, com intervalo de confiança de 54 a 124,2. A taxa de sobrevivência de 1,5 e 10 anos após o retransplante de fígado foi de 48,4%, 38% e 30,1%, respectivamente. Gênero masculino, disfunção primária do enxerto como causa de retransplante, tempo operatório prolongado e maior MELD foram associados a maior mortalidade.

Conclusão:

as taxas de mortalidade e morbidade operatórias do retransplante hepático são superiores às do primeiro transplante. Sexo masculino, disfunção primária do enxerto, tempo operatório prolongado e maior MELD foram associados a desfechos menos favoráveis.

Palavras-chave:
Transplante; Transplante de Fígado; Rejeição de Enxerto; Cirrose Hepática

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