OBJETIVO:
verificar se a exclusão ileal interfere nas alterações funcionais hepáticas e renais, secundárias à colestase extra-hepática.
MÉTODOS:
foram estudados 24 ratos, distribuídos em três grupos (n=8): Grupo 1 (controle), Grupo 2 (ligadura do ducto hepático combinada com drenagem biliar interna) e Grupo 3 (ligadura do ducto hepático combinada com drenagem biliar interna e exclusão do íleo terminal). Os animais do Grupo 1 (controle) foram submetidos a laparotomia e laparorrrafia. Os animais dos grupos 2 e 3 foram submetidos a ligadura e secção do ducto hepático e mantidos em colestase por oclusão biliar durante quatro semanas. A seguir, foram submetidos a derivação biliar interna. No Grupo 3, associou-se a exclusão dos últimos dez centímetros do íleo terminal e anastomose ileocólica à derivação biliodigestiva. Após outras quatro semanas de acompanhamento, foi colhido sangue de todos os animais dos três grupos, para avaliação bioquímica do fígado e dos rins (albumina, ALT, AST, bilirrubinas direta e indireta, fosfatase alcalina, cGT, creatinina e ureia).
RESULTADOS:
houve aumento dos valores de ALT, AST, bilirrubina direta, cGT, creatinina e ureia nos ratos do Grupo 3 (p < 0,05).
CONCLUSÃO:
no modelo murino de colestase extra-hepática, a exclusão ileal piorou as funções hepáticas e renais, sendo desvantajosa como proposta terapêutica para afecções colestáticas.
Colestase; Fibrose hepática; íleo/operações; Fígado/fisiopatologia; Rim/fisiopatologia