RESUMO
Objetivo:
apresentar uma nova técnica caracterizada por esofagocardiectomia abdominal com esofagogastro anastomose, preservação vagal e construção de válvula antirrefluxo em espiral no tratamento do megaesôfago avançado de pacientes com doenças sistêmicas graves, assim como seu resultado em grupo inicial de 17 pacientes.
Método:
foram selecionados 17 pacientes com megaesôfago avançado e comorbidades submetidos a nova técnica. Os seguintes parâmetros analisados foram: idade, sexo, tempo de permanência hospitalar, complicações precoces e tardias, mortalidade, aspectos radiológicos/endoscópicos.
Resultados:
foram operados 12 (70%) pacientes do sexo masculino e 5 (30%) do sexo feminino, com idade média foi de 51,5 anos e tempo de permanência hospitalar médio de 14,8 dias. Não houve mortalidade no intraoperatório ou pós-operatório imediato e não houve casos de fìstula. Durante a internação houve um caso de atelectasia pulmonar (5,8%), um de derrame pleural (5,8%), dois de infecção de parede (11,7%) e um de retenção urinária (5,8%).
Discussão:
acreditamos ser uma técnica de fácil realização, feita exclusivamente por via abdominal, ou seja, sem violar a cavidade torácica. Tal procedimento seria benéfico em pacientes com megaesôfago avançado e comorbidades importantes, assim como naqueles com história de cirurgias prévias.
Conclusão:
a técnica descrita mostrou-se de fácil execução e segura, quando realizada por equipe experiente, com baixa morbimortalidade em pacientes com megaesôfago avançado e comorbidades importantes, o que poderia aumentar suas complicações com cirurgias mais invasivas e complexas.
Palavras-chave:
Acalasia Esofágica; Esôfago; Miotomia de Heller