RESUMO
Objetivo:
analisar a tendência temporal da utilização da traqueostomia em pacientes hospitalizados pelo Sistema Único de Saúde no Brasil no período de 2011 a 2020.
Método:
estudo observacional de tipo ecológico, com abordagem quantitativa, e incluiu a população brasileira com 20 anos ou mais que, internadas pelo Sistema Único de Saúde, tiveram registro de realização do procedimento de traqueostomia em qualquer momento da hospitalização.
Resultados:
das 113.569.570 hospitalizações estudadas, foram identificadas 172.456 traqueostomias realizadas no Brasil (0,15%). A taxa média de realização deste procedimento apresentou tendência de queda no período estudado. A maior taxa média de traqueostomia foi encontrada na Região Sul, e a faixa etária mais afetada foi a dos 80 anos ou mais. A taxa média de traqueostomia no sexo masculino foi de 1,8 vezes maior do que no sexo feminino. As principais causas associadas à realização de traqueostomia foram as patologias respiratórias, oncológicas e decorrentes de causas externas, sendo que as causas respiratórias contribuíram com 73% do total de procedimentos estudados.
Conclusões:
as taxas médias de mortalidade e letalidade das internações com traqueostomia no Brasil foram de 3,36 e 28,57%, mas apresentaram tendência de redução no período.
Palavras-chave:
Traqueostomia; Sistema Único de Saúde; Doenças do Sistema Respiratório