RESUMO
Objetivo:
caracterizar o funcionamento velofaríngeo de indivíduos que apresentam disfunção velofaríngea sugestiva de velofaringe hipodinâmica.
Métodos:
a amostra foi constituída por exames de nasoendoscopia, de indivíduos adultos com palato operado, sem fístula, com disfunção velofaríngea e provável diagnóstico de velofaringe hipodinâmica. Todos os indivíduos utilizavam obturador faríngeo e nunca haviam realizado terapia fonoaudiológica para tratamento da disfunção velofaríngea. Três fonoaudiólogas avaliaram o movimento das estruturas velofaríngeas. Os resultados foram analisados por meio de estatística descritiva e o Teste de Kappa foi utilizado para calcular a concordândia intra-avaliador.
Resultados:
das 28 gravações, 23 (82%) apresentaram mobilidade mínima do véu palatino e paredes laterais, com gap velofaríngeo residual grande. Além disso, 23 (82%) não apresentaram movimento antagônico e o anel de Passavant estava presente em 7 (25%). Quanto ao tipo de gap, 16 (57%) apresentaram gap circular, 8 (28%) gap circular com anel de Passavant, 3 (10%) gap coronal e 1 (5%) gap sagital. Não houve movimentação da parede posterior da faringe em 14 (50%) gravações. A concordância foi considerada quase perfeita para todos os aspectos analisados (Kappa = 1,00).
Conclusão:
sujeitos com disfunção velofaríngea indicativa de uma velofaringe hipodinâmica apresentaram gap velofaríngeo igual ou acima de 50% do tamanho do espaço velofaríngeo em repouso, com movimento mínimo do véu palatino e das paredes faríngeas.
Descritores:
Fissura Palatina; Insuficiência Velofaríngea; Obturadores Palatinos; Fala