RESUMO
Objetivo:
caracterizar os pacientes com gagueira persistente em idade escolar, quanto às experiências de violência no contexto escolar, autorrelatadas pelos mesmos.
Métodos:
a amostra foi constituída por 10 pacientes com gagueira persistente em atendimento em um ambulatório de fluência do município de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil, entre 10 e 17 anos, independentemente do sexo e das características da gagueira. O instrumento de coleta foi um questionário autoaplicável contendo 11 questões de múltipla escolha. Os dados foram analisados descritivamente, por apresentação da frequência de respostas.
Resultados:
quase metade dos pacientes com gagueira afirmaram sofrer bullying, por meio do recebimento de apelidos, culpabilização por tudo o que acontece, difamações, ataques físicos e zombarias. A sala de aula foi o local mais mencionado para a ocorrência do bullying. Como reações à violência sofrida, foram mencionados: ‘falar com os amigos, professores/diretores e familiares’, além de ‘tristeza’ e ‘vontade de mudar de escola’.
Conclusão:
apesar do reduzido número amostral, foi possível notar dados alarmantes e a importância de ações educativo-preventivas no ambiente escolar, tanto para a temática do “bullying”, como da “gagueira”.
Descritores:
Gagueira; Bullying; Estudante