OBJETIVO:
caracterizar e analisar o sistema fonético, o sistema fonológico e os traços distintivos alterados em diferentes gravidades do desvio fonológico.
MÉTODOS:
foram caracterizados e analisados os dados de fala de 145 crianças com idades entre 4:0 e 8:11 com diagnóstico de desvio fonológico. Elas foram submetidas à Avaliação Fonológica da Criança em que foram analisados: o inventário fonético, o sistema fonológico e os traços distintivos. As crianças foram agrupadas, conforme a gravidade do desvio fonológico, calculado por meio do Percentual de Consoantes Corretas. Os dados foram comparados e analisados entre os grupos, por meio do teste Kruskal-Wallis, ao nível de significância de 5%.
RESULTADOS:
no inventário fonético, notou-se que a média de fones ausentes foi maior no desvio grave, sendo as fricativas, as plosivas e as laterais, as classes mais ausentes. Da mesma forma, no sistema fonológico observou-se que o desvio grave esteve mais prejudicado, apresentando uma média maior de alteração para todas as classes de fonemas analisados em todas as posições que podem ocorrer na sílaba e na palavra. Para os traços distintivos houve diferença estatisticamente significante entre os graus de desvio, estando mais alterados no desvio grave e menos alterados no desvio leve.
CONCLUSÃO:
quanto mais graves forem os desvios de fala, mais alterações e ausência de sons serão percebidos em relação ao inventário fonético e ao sistema fonológico. Os resultados obtidos neste estudo reforçaram a importância de se conhecer as características qualitativas de cada um dos graus de desvio fonológico.
Fala; Distúrbios da Fala; Linguagem, Linguagem Infantil, Transtornos da Articulação