RESUMO
Objetivo:
avaliar o efeito do agente espessante na osmolalidade do leite humano e da fórmula infantil em relação às concentrações e ao efeito do tempo.
Métodos:
foram realizados 6 ensaios para avaliar a osmolalidade, ao natural e com espessamento, da fórmula infantil, leite humano ordenhado cru e pasteurizado. O cereal de arroz foi usado como agente espessante (nas concentrações de 2%, 3%, 5% e 7%). A osmolalidade foi aferida pelo The Advanced TM Micro Osmometer Model 3300 após a preparação das amostras por um período de 0-60 minutos. As diferenças significantes foram avaliadas por meio de Anova.
Resultados:
observou-se variação da osmolalidade no leite humano pasteurizado nos tempos observados e nas concentrações. O leite humano cru apresentou variação nos tempos e nas concentrações 5 e 7%, quando comparado ao leite não espessado. A fórmula infantil não mostrou diferenças na osmolalidade com relação ao tempo. No tempo zero, apresentou variações entre as concentrações de 2, 3 e 5%. Nos demais tempos, houve diferença na osmolalidade entre as amostras com concentração de 5% e a fórmula não espessada.
Conclusão:
a osmolalidade das dietas analisadas variou conforme o tempo e as concentrações para o leite humano e a formula infantil. No entanto, estas variações se mantiveram dentro dos parâmetros preconizados, indicando que o cereal de arroz é um espessante seguro para a alimentação de lactentes com disfagia orofaríngea leve ou moderada.
Descritores:
Leite Humano; Transtornos de Deglutição; Espessantes; Concentração Osmolar; Viscosidade