RESUMO
Objetivo:
verificar os desfechos do treinamento muscular respiratório (TMR) com espirômetro de incentivo orientado a fluxo sobre as medidas de função respiratória e sua relação com a biomecânica da deglutição.
Métodos:
29 sujeitos realizaram o treinamento por sete dias consecutivos (três séries de dez repetições para inspiração e expiração). A biomecânica da deglutição foi avaliada por videofluoroscopia, utilizando como variável temporal o tempo de transito faríngeo e como visuoperceptuais o número de deglutições, resíduos em seios piriformes e valéculas, penetração/aspiração. As medidas de função respiratória foram avaliadas por meio das pressões respiratórias máximas e espirometria.
Resultados:
o TMR influenciou o tempo de trânsito faríngeo (p=0,002) e a pressão inspiratória máxima correlacionou-se com o número de deglutições pós TMR (ρ=0,62, p=0,01). Houve aumento significante nas pressões respiratórias máximas pós TMR (p<0,0001).
Conclusão:
o TMR aumentou as pressões respiratórias máximas e influenciou na redução do tempo de trânsito faríngeo. Ainda, houve relação entre a pressão inspiratória máxima com o número de deglutições pós-treinamento.
Descritores:
Deglutição; Exercício Respiratório; Métodos