1 |
Carrara CF, Ambrosio EC, Mello BZ et al.20
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Three-dimensional evaluation of surgical techniques in neonates with orofacial cleft.
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2016 |
Brasil |
Análise de 114 moldes de gesso de 57 crianças com idade entre 3 e 36 meses, divididos em dois grupos de acordo com as técnicas cirúrgicas utilizadas. |
Avaliar as alterações dimensionais das arcadas dentárias de neonatos com FLP completa unilateral, antes e após palatoplastia em um ou dois tempos. |
Os sujeitos submetidos à labioplastia aos 3 meses e palatoplastia em um tempo (aos 12 meses) apresentaram melhor desenvolvimento ântero-posteriorde maxila, em comparação àqueles submetidos a associação de labioplastia, correção de asa nasal e palatoplastia anterior (aos 3 meses) e palatoplastia posterior aos 12 meses. Portanto, os autores sugerem que o crescimento e o desenvolvimento das arcadas dentárias de neonatos com fissura de lábio e palato podem ser influenciados de acordo com a técnica cirúrgica utilizada, com melhores resultados na palatoplastia em um tempo, neste estudo. |
2 |
Dissaux C, Grollemund B, Bodin F, et al.12
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Evaluation of 5-year-old children with complete cleft lip and palate: Multicenter study. Part 2: Functionalresults.
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2016 |
França |
80 participantes com média de 5 anos de idade no momento da avaliação, sendo 20 por centro (10 com FLPuinlateral 10 com FLP bilateral) |
Avaliar os resultados funcionais, o crescimento maxilar e o desenvolvimento de fala em 4 centros franceses de referência. |
A técnica cirúrgica realizada (reparo do palato em dois tempos descrito por Talmantcom veloplastiaintravelar de Sommerlad) pode apresentar menor impacto negativo no crescimento maxilar e bons resultados no desenvolvimento da fala. O reparo do enxerto periosteal de palato foi associado ao menor número de fístulas em FLPU, mas parece ter um impacto negativo no crescimento ântero-posterior da maxila, assim como, a palatoplastia em um tempocom retalhos de Veau-Wardillteve um impacto negativo no crescimento maxilar transversal e sagital. Cabe ressaltar que em cada centro, as cirurgias foram realizadas, pelo mesmo cirurgião.Os autores sugerem que mais estudos precisam ser realizados. |
3 |
Navas-Aparício, MC.19
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Maxillary growth analysis after surgery in non-syndromic cleft palate
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2016 |
Costa Rica |
5 participantes com FP, avaliados aos 5 anos |
O objetivo deste estudo é determinar se há deficiência no crescimento maxilar deficiente, no sentidoântero-posterior e transversal, em crianças com FP não sindrômica isolada. |
Neste estudo, a palatoplastia foi realizada, em média, aos 17 meses (sem especificar a técnica).Aos 5 anos, os sujeitos apresentam uma relação maxilo-mandibular adequada, sem deficiência de crescimento no sentido ântero-posterior. Entretanto, verificou-se uma assimetria no crescimento transversal do arco maxilar que poderia ser influenciada pelo processo de cicatrização secundária do palato por exposição de osso na cirurgia. A autora sugere a realização de um estudo em diferentes idades da criança, uma vez que a relação ântero-posterior pode se manifestar tardiamente. |
4 |
Gundlach KK, Bardach J, Filippow D, et al.13
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Two-stage palatoplasty, is it still a valuable treatment protocol for patients with a cleft of lip, alveolus, and palate?
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2013 |
Alemanha e EUA |
Moldes de gesso de 85 pacientes com FLP completa, com avaliação nas idadesde 8 e 16 anos, em três centros |
Testar o valor da palatoplastia em dois tempos sob o crescimento palatal e o desenvolvimento da fala. |
A palatoplastia ocorreuem torno dos 12 meses de idade einterfere no crescimento. A palatoplastia em dois tempos seria o protocolo de grande valor para sujeitos com FLPU completa e apresentou menores índices de realização de posterior osteotomia.Segundo os autores, estaseria uma boa técnica, sob o aspecto de fala. |
5 |
Priya VK, Reddy JS, Ramakrishna Y, Reddy CP.17
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Post-surgical dentofacial deformities and dental treatment needs in cleft-lip-palate children: a clinical study.
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2011 |
Índia |
50 sujeitos na faixa etária de 3 a 14 anos submetidos à cirurgia corretiva de lábio e palato. . |
Registrar as deformidades dento-faciais pós-cirúrgicas em crianças com FLP, bem como avaliar as alterações dentárias e outros problemas relacionados a fim de formular um plano de tratamento adequado para terapia oral e reabilitação destas crianças. |
O efeito do tempo do reparo da fissura no desenvolvimento global das estruturas facio-esqueléticas-dentárias mostrou diferenças insignificantes entre as várias crianças operadas com FLP. As alterações de fala (não especificadas) estavam presentes em 92% dos sujeitos que foram submetidos à palatoplastia(sob diferentes técnicas). Várias anomalias dento-faciais, estavam presentes nos indivíduos em função de muitos fatores como o tipo de cirurgia realizada e padrão de crescimento sob influência do desequilíbrio funcional das estruturas associadas. Os autores sugerem que mais de estudos longitudinais, com um número maior de sujeitos, devem ser desenvolvidos. |
6 |
Pradel W, Senf D, Mai R, Ludicke G, Eckelt U, Lauer G.11
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One-stage palate repair improves speech outcome and early maxillary growth in patients with cleft lip and palate
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2009 |
Alemanha |
24 crianças com FLP unilateral e bilateral não sindrômica ou fissura palatina completa |
Comparar o resultado de fala e do crescimento maxilar em crianças com deformidade de FLP após o reparo do palato em um procedimento de um ou dois tempos e identificar o melhor protocolo de tratamento. |
As análises mostraram uma relação clara entre o protocolo de tratamento (tempo de cirurgia e técnica de reparo palatal), o desfecho da fala e o crescimento precoce da maxila. O reparo em um tempo, na idade entre 9 e 12 meses, mostrou uma influência positiva no desenvolvimento da fala e no crescimento inicial da maxila, em contraste com o procedimento de dois tempos. |
7 |
Vlastos IM, Koudoumnakis E, Houlakis M, Nasika M, Griva M, Stylogianni E9
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Cleft lip and palate treatment of 530 children over a decade in a single centre.
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2009 |
Grécia |
530 registros de crianças com FLP, FP oufissura labial |
Avaliar os processos de cuidados e os desfechos das cirurgias corretivas de lábio e palato. |
A palatoplastia com a técnica de dois retalhos ocorreu entre 10 e 14 meses. Casos de FP de pequena extensão foram tratados com aproximação simples dos tecidos do palato. Os distúrbios articulatórios estavam presentes em mais de 50% das crianças submetidas à palatoplastia, assim como a inteligibilidade de fala foi considerada boa ou excelente em até 83% dos casos. Em ambos os casos, independente da técnica cirúrgica empregada. Trinte e dois por cento dos sujeitos da pesquisa necessitaram de tratamento com ortodontista. Crianças com FLP apresentam limitações funcionais e uma variedade de condições que precisam ser acompanhadas por equipe multiprofissional. Segundo os autores, o otorrinolaringologista pode desempenhar um papel importante na equipe multidisciplinar, tratando problemas otológicos e interpretando vários desfechos (fonológicos, de arco maxilare procedimentos secundários). O protocolo multidisciplinar aplicado no centro é eficaz, com boa aplicabilidade e baixos níveis de complicações. |
8 |
Ito S, Noguchi M, Suda Y et al.10
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Speech evaluation and dental arch shape following pushback palatoplasty in cleft palate patients: Supraperiosteal flap technique versus mucoperiosteal flap technique.
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2006 |
Japão |
109 participantes com FP (52) e FLPU (57), 62 que realizaram palatoplastia com pushback com a técnica de retalhosupraperiosteal e 47 que utilizaram a técnica de retalhomucoperiosteal |
Avaliar e comparar a forma da arcada dentária maxilar e fala em sujeitos com FP que realizaram palatoplastia com pushback, utilizando a técnica de retalhosupraperiosteal ou a técnica de retalhomucoperiosteal |
Os achados sugerem que a palatoplastia (realizada, em média aos 16 meses) com pushback que utiliza a técnica supraperioteal é mais vantajosa para o desenvolvimento da fala quando comparada com a técnica mucoperiosteal(realizada, em média aos 16 meses). O formato do arco dentário apresenta relação com a presença de alteração de fala. Sujeitos arcada dentária em formato ‘V’ apresentam mais alterações quando comparados a sujeitos com formato em U’. |
9 |
Oyama T, Sunakawa H, Arakaki K, et al.21
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Articulation disorders associated with maxillary growth after attainment of normal articulation after primary palatoplasty for cleft palate.
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2002 |
Japão |
22 pacientes (avaliados, em média, aos 9,6 anos) com FLPU que realizarampalatoplastia em um tempo utilizando a técnica de retalho supraperiosteal |
O estudo apura a deficiência de informação sobre o efeito das alterações nas dimensões do arco dentário, consequente ao crescimento maxilar e o surgimento de distúrbios de articulação entre os pacientes que anteriormente atingiram a articulação normal. |
Com a mudança de crescimento nas dimensões dos arcos dentários, houve um aumento na ocorrência de palatalização entre os pacientes que já haviam atingido a articulação normal após a palatoplastia primária (realizada, em média, aos 21 meses). É importante enfatizar que no presente estudo,a palatalização ocorreu nos pacientes em dentição mista que tinham volume palatal anterior menor, presença de dentes em liguoversão e pior capacidade de crescimento.Os achados sugerem a importância do manejo precoce das dimensões de arco dentário e do manejo periódico da articulação de fala, mesmo para os pacientes que atingiram a articulação normal após a palatoplastia primária. |
10 |
Pigott RW, Albery EH, Hathorn IS, et al.18
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A comparison of three methods os repairing the hard palate
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2002 |
Reino Unido |
185 casos de fissuras completas unilaterais e bilaterais, sendo avaliada a fala de 66 participantes com FLPU |
Comparar os resultados de crescimento, fala e simetria nasal de três métodos de reparo do palato duro. |
A redução no prejuízo periosteal etempo de área palatal exposta, das técnicas CuthbertVeau para a de von Langenbeck e para a de Langenbeck medial, melhoraram as relações incisivas e a articulação.Aparentemente, a melhora nodesenvolvimento do arco maxilar e a regularidade do contorno do palato duro, diminuíram a dificuldade de posicionamento de língua das crianças. Segundo os autores, este foi um benefício inesperado da técnica Langenbeck medial, resultando em redução significativa nas alterações de articulação. Não foram relatadas diferenças significativas entre as três técnicas nos quesitos de emissão de ar nasal, ressonância nasal ou posterior realização de faringoplastia. |
11 |
Webb AA, Watts R, Read-Ward E et al.14
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Audit of a multidisciplinary approach to the care of children with unilateral and bilateral cleft lip and palate
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2001 |
Reino Unido |
15 pacientes, sendo 8 com FLPU e 7 FLP bilateral |
Examinar as crianças antes da conclusão do crescimento facial e durante o período da dentição mista. Avaliar a fala, a aparência facial, as relações dos arcos dentários e as radiografias cefalométricas laterais. |
Neste estudo a labioplastia e o reparo do palato mole aconteceram simultaneamente, entre 4 e 5 meses; a palatoplastia com técnica de Delaire ocorreu entre 12 e 14 meses). No manejo de crianças com FLPU e FLP bilateral a adesão a um protocolo multidisciplinar e o uso de técnicas cirúrgicas primárias (neste caso, todas realizadas pelo mesmo cirurgião) que restauram a função de todas as estruturas envolvidas, levou a um resultado que necessita uma intervenção futura mínima e permite que estas crianças atinjam resultados quase normais em termos de aparência, fala, relações dentárias e craniofaciais. Embora a amostra tenha sido pequena, deve-se reconhecer que o resultado, que incluiu tanto a FLPU quanto o FLP bilateral, forneceu uma visão geral mais ampla dos cuidados com fissuras do que a que seria fornecida pela avaliação apenas da FLPU. |