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Trabalho com a linguagem e envelhecimento: uma busca por ressignificações de histórias de vida

Este estudo propõe-se a descrever as vivências de idosos participantes de uma Oficina de Linguagem (OL) que promove discussões orais e a escrita de narrativas autobiográficas. Trata-se de um relato de caso de uma pesquisa qualitativa realizada, por meio de uma entrevista semi-estruturada, com 10 idosos. Todos os sujeitos eram participantes da OL de uma Unidade de Saúde de Curitiba/PR. Os sujeitos relataram que, ao se inscreverem para participarem do grupo, não sabiam exatamente o que era a OL. Entretanto, o convite à escrita de suas histórias de vida os levou a se inscreverem na OL, assim como a necessidade que tinham da convivência em grupo, de compartilhar histórias com outros e incentivo mútuo. A experiência de narrar e escrever suas histórias de vida os fez ressignificar seus posicionamentos em relação ao outro, a eles próprios, bem como aos seus envelhecimentos e a sociedade em que estão inseridos. Por meio da OL, organizaram suas ideias e realizaram o sonho de infância de escrever. Acreditam que o material produzido na OL será lido pelas gerações futuras. Atribuem ao grupo papel fundamental de propiciar tais vivências por meio do apoio que seus membros oferecem uns aos outros. A OL desempenhou uma prática de trabalho de linguagem que proporcionou vivências subjetivas satisfatórias a sujeitos idosos em seus processos de envelhecimentos, promovendo a saúde e a qualidade de vida, no momento da velhice, bem como a realização de sonhos antigos e experiências que dotam a velhice de sentido.

Linguagem; Idoso; Narrativas pessoais como assunto; Qualidade de Vida


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