RESUMO
Objetivo:
caracterizar o perfil dos atendimentos realizados numa Clinica Escola de Fonoaudiologia conveniada à rede Sistema Único de Saúde (SUS), no ano de 2016.
Métodos:
estudo transversal cujas fontes de dados foram as fichas de triagem, altas e desligamentos, e os prontuários. Foram estudadas as variáveis sociodemográficas e clínicas, mensurando o tempo de espera e especialidade para atendimento e, nos casos de desligamento, o motivo.
Resultados:
foram acolhidas 107 pessoas na triagem, das quais 53,3% eram crianças, 58,9% do sexo masculino, 41,1% com queixas de Linguagem e 35.5% de Motricidade Orofacial. A média de tempo de espera para iniciar o tratamento foi de 6,6 meses. Do total de pessoas triadas, 80,3% começaram o tratamento, com maior ocorrência nas áreas de Motricidade Orofacial (39.1%) e Linguagem (37,9 %). A alta fonoaudiológica foi obtida em 28,6% dos casos. Dentre as 37 pessoas que foram desligadas do tratamento, o principal motivo foi abandono ou falta (71,4%).
Conclusão:
evidenciou-se maior frequência de crianças, do sexo masculino, com maiores demandas para as áreas de Linguagem e Motricidade Orofacial. O tempo médio de espera para início do tratamento foi de 6,6 meses, sendo que 20% das pessoas triadas não o iniciaram. Destaca-se a alta frequência de desligamentos por falta.
Descritores:
Fonoaudiologia; Epidemiologia; Prevalência; Serviços Públicos de Saúde; Assistência á Saúde