RESUMO
Objetivo:
avaliar a qualidade de vida em voz pediátrica autorreferida em escolares, sem queixas vocais e correlacioná-la aos parâmetros acústicos vocais.
Métodos:
a população desta pesquisa foi constituída por 31 crianças, com média de idade de 6,5 (±0,17) anos. Para verificar a percepção das crianças sobre a qualidade de vida em voz, foi aplicado o protocolo Qualidade de Vida em Voz Pediátrico composto por dez questões fechadas e três domínios. Os parâmetros acústicos avaliados foram frequência fundamental, jitter, shimmer, glottal-to-noise excitation ratio e índice de ruído, além do diagrama de desvio fonatório, a partir da análise da emissão da vogal /ɛ/ sustentada por cinco segundos.
Resultados:
os três domínios do protocolo Qualidade de Vida em Voz Pediátrico apresentaram escores próximos a 100% para todas as crianças. Quanto aos parâmetros acústicos, a maioria apresentou valores fora da normalidade, no diagrama de desvio fonatório e nos valores de shimmer. Observou-se diferença entre as meninas e os meninos apenas na frequência fundamental.
Conclusão:
a qualidade de vida em voz pediátrica autorreferida, nas crianças estudadas, apresentou impacto positivo, a despeito das alterações acústicas vocais encontradas. Não houve correlação entre a qualidade de vida em voz pediátrica e os parâmetros acústicos vocais, no grupo estudado.
Descritores:
Voz; Disfonia; Criança; Qualidade de Vida